
terça-feira, abril 26, 2005Os estranhos falam comigo“Eu falo e você me ouve, logo, nós existimos” Ponge Sei que pode parecer contraditório; que é certo que se você tem um site ou afim, sem usuário e senha, qualquer pessoa com acesso à internet, até mesmo um chinês da era de abertura do mercado, pode vê-lo; que o mais legal do blog é que as pessoas comentem; que se eu falo com estranhos na rua, pessoalmente, posso muito bem falar com eles virtualmente ou melhor, usando a expressão atualizada, em esferas não presenciais... mas ainda não me acostumei com os estranhos que comentam aqui. Sempre que eu não conheço o autor do comentário, fico com um pé atrás, fuço nos links, leio os blogs, quando há. Um dia me acostumo. Ah, caros estranhos, não precisa parar, viu? Não é que eu não goste, só acho curioso. Kathia 5:29 PMErrataPois é, pela segunda vez na existência deste blog, um comentário de um estranho ligado ao PV me faz escrever um post. Mas desta vez é pro bem. Pois então, se "2 patinhos na lagoa vote afif 22" logo afif era candidato pelo pl, e não pelo pfl, legenda conhecidamente 25, com o então candidado Aureliano, aquele que era "muito verdadeiro e o brasileiro vai ser mais feliz". Muchas gracias Fabiano! Kathia 5:20 PMConsideraçõesNunca tive crises nostálgicas de querer voltar a ser criança. Sempre tive pensamentos meio mórbidos, mesmo quando criança. Uma vez, na clássica redação “Que bicho você gostaria de ser?”, lá pela 3ª ou 4ª série do primário, ia escrever que queria ser uma formiga, pra ter uma vida curta e morrer logo e de supetão, com a pisada de algum humano. Mas como algo já me dizia que não era prudente não ser feliz, disse que queria ser um gatinho pra poder brincar com as borboletas no jardim. E me senti mal no final das contas, porque a maioria das crianças tinha motivos nobres, como ser um cão de guarda, e eu queria morrer ou brincar. Da adolescência pra frente quando ouvia alguém falar que queria voltar a ser criança, eu, na minha rabugentisse precoce, pensava “eu, não; pra quê voltar se o caminho ter que ser percorrido da mesma forma?” E não haveria mudanças. “Ah, se eu pudesse voltar no tempo eu faria diferente.” Faria nada, faria tudo igual. Porque se fosse criança de novo, não teria a experiência do caminho que o insatisfez. Não há chance consciente. Pra não ser um post tão inútil, olha eu pequena, com esta cara de desconfiada pra boneca de ponta-cabeça. ![]() Kathia 11:55 AMhttp://www.collor.com- O Collor era do PFL, né? - Não, o Afif era do PFL. - Mas de qual partido ele era? - PUtz, não lembro... 12 horas depois, no google: Collor – 18 – PST – Partido Social Trabalhista – Incorporado ao PL, conforme Resolução TSE nº 21.374/03. Não sei porque, mas acho que tenho algum tipo de bloqueio com o Collor. Nunca lembro o partido, a número ou o jingle de campanha dele. E não é porque em 89 eu tinha apenas 8 aninhos, pois eu lembro dos jingles do Afif – 22 – pfl; do Afonso Camargo – ptb; do Ulisses – 15 – pmdb; Lula – 13 – pt; Brizola – 12 – pdt; Caiado e Aureliano (estes só os jingles); Enéas – Prona (só o partido). Também não lembrava que o Covas – psdb, o Maluf – pds, o Roberto Freire – pcb, e o Gabeira – pv estavam no páreo. E simplesmente ignorava a existência de Celso Teixeira Brant – pmn, José Alcides Marronzinho de Oliveira – psp, Lívia Maria Ledo de Abreu – pn, Paulo Gontijo – pp, Zamir José Teixeira – pcn, Eudes de Oliveira Mattar – plp, Antonio dos Santos Pedreira – ppb, Manoel Antonio de Oliveira Horta – pcdob, e Armando Correa da Silva – pmb, completando os 22 candidatos à Presidência da República. Mas nanicos a parte, o Collor venceu!!! E não me conformo de não lembrar. Por isto este post, pra que talvez, reforçando 18 – pst, eu memorize. Kathia 11:34 AMAaaatchim!!!Não sei se tem algo a ver, mas adquiri uma rinite alérgica após este blog nascer. Kathia 11:31 AMquinta-feira, abril 07, 2005Marca Texto AmareloFaltei à aula porque me esqueci que tinha aula. Pior, não foi um esquecimento qualquer, foi um equívoco, em que, sabeseláporque, pus na minha cabeça que não teria aula no dia 02 de abril. E dormi. Não fiz nada de útil pra aproveitar o sábado sem aula. E agora estou puta da cara comigo. Já xinguei, já busquei em vão explicações. E tudo se resolveria com simples círculos amarelos no calendário da minha escrivaninha, indicando os dias em que tenho aula. Estar puto consigo mesmo deveria no mínimo causar uma mudança de comportamento. E é esta a minha esperança. Apesar de eu me conhecer o suficiente pra saber o quão “cabeça de pudim” eu posso ser novamente. E agora, enquanto escrevo este post adolescente em busca de catarse, busco também a cara de pau pra comunicar ao professor, que não fui na aula, que não fiz a prova, que estou reprovada por falta também... e que, mesmo assim, quase uma semana depois, voltei ao mundo real onde as pessoas costumam agir baseadas em agendas, dias e horários, e acho que posso contornar a situação. Lamentável. Acho que estou precisando de problemas de verdade, para parar de me preocupar com coisas de adolescentes. Será que queimei etapas? Será que minha mãe não me bateu o suficiente quando eu era pequena? Freeeeud? Terapia? Não, muito caro, vou comprar um marca texto amarelo. Kathia 11:23 AMquarta-feira, abril 06, 2005A RôPara quem nunca viu, olha só que coisa mais lindinha. ![]() . Há quem afirme que a beleza das crianças serve como uma proteção de sua vida, assim durante a evolução, os pais não matariam os filhos por eles serem ôoooh. Evolucionistas à parte, o que eu sei é que eu não consigo ficar brava com coisas como: Depois de desenhar, a pedidos, toda a turma do Jardim 1 do Sesi Cristo Rei, sem nem conhecer as figuras, só pela descrição, de desenhar um circo, um palhaço, uma galinha... ao terminar um gato: "Kathia, você só sabe desenhar gato feio?" "Só, Roberta, só sei desenhar gato feio..." E terminei o rabo do gato... Kathia 3:43 PMDa mentiraPois então, como vocês devem saber conheço desde o anúncio da gravidez, a fofa, querida e encantadora Roberta. O que serve para que eu acompanhe como algumas coisas começam na nossa vida. As mais interessantes com certeza são as referentes à linguagem e ao uso que se faz dela. O que me incuca no momento é como começamos a mentir. Um dos motivos me parece ser a necessidade de inserção. Caso 1: Tirando as Lentes R. 3 anos e meio: Que que você tá fazendo? K: Tô tirando a lente. R. Eu também uso lente. K: Não minta, Rô. R. Eu não tô mentindo. K: Tá sim, você não usa lente. R. Mas eu não tô mentindo, eu tenho uma lente, tá lá em casa. K: Não minta, é muito feio mentir. R. Mas eu não tô... K: Já falei q não é pra você mentir, que é feio, e eu sei que não é verdade que você tem lente em casa. Caso 2: Estendendo Roupa R: Posso te ajudar K: Não, não pode. R: Vou ajudar a vó... (mexendo numa bacia com água) K: Não pode, tá frio, você tá descalça e gripada R: Mas eu quero ajudar. K: Sim, minha querida, mas isto é coisa de gente grande, e tá frio. Vai lá pra dentro que eu já tô indo também. R: Mas a minha mãe deixa eu fazer K: Claro que não!Tá frio, e se você está gripada ela não vai nem gostar de saber que você está aqui fora. R: mas ela deixa. K: Não minta R: Não é mentira Caso 3: - Nossa, hoje tinha uma aranha marrom enorme no meu quarto. - Ui, dá até uma coisa. - Sabia que outro dia uma aranha marrom me picou? - É mesmo? Risos contidos... Inserção ou não, às vezes fico na dúvida entre os limites do “não minta” e do “que imaginação”. Kathia 3:10 PM |